quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Rebanhão a maior Banda Evangélica de todos os tempos


A história resumida da Maior Banda de Rock-Gospel do Brasil

INTRODUÇÃO

Falar do Rebanhão é falar da música gospel no Brasil.

É claro que antes deles, existiram outros grupos vanguardistas, que também deram a sua contribuição para o surgimento e crescimento da Gospel-Music no Brasil, mas eles revolucionaram todo o conceito de música cristã, e foram os pioneiros.

O Rebanhão simplesmente veio para romper e alargar fronteiras, pois para aqueles jovens músicos, o que mais importava, era levar a palavra de Cristo aos corações das pessoas, unindo essa mensagem, a uma música de conteúdo e com excelente qualidade técnica.

PRIMEIRA FORMAÇÃO

O Rebanhão foi reunido pelo JANIRES MAGALHAES MANSO, que ao lado de músicos excelentes como CARLINHOS FÉLIX, PEDRINHO BRACONNOT, PAULINHO MAROTTA, KANDELL e ZÉ ALBERTO, revolucionaram o meio evangélico com o lançamento de um até então despretensioso LP denominado "MAIS DOCE QUE O MEL", gravado cheio de dificuldades, pela pequena e até então desconhecida do grande publico, a gravadora DOCE HARMONIA. Isso aconteceu em 1981. O sucesso foi estrondoso.

SEGUNDA FORMAÇÃO

Já conhecido e aceito pelo grande público, o Rebanhão começou a viver as reviravoltas de todo grandes grupos musicais, ou seja, a troca de seus componentes e a trágica perda de seu fundador, que na época de sua morte, já não fazia parte da equipe ministerial Rebanhão, atuando apenas como amigo e conselheiro, porém jamais perdendo contato.

Com a saída do percursionista Zé Alberto, e do baterista Kandell e com a trágica e prematura morte do Janires, o Rebanhão ficou resumido a Carlinhos Félix, Serginho Marotta, Pedrinho Braconnot e com o Fernando Augusto (Tutuca), ingressando como o novo baterista da Banda. Essa foi a formação mais aplaudida, admirada e conhecida de toda a história dessa genial banda. Com a saída de Janires, Carlinhos assumiu o posto de Band-Leader.

Por muitos especialistas musicais evangélicos e não evangélicos esta formação foi a mais técnica de todas, pois aconteceu entre eles uma harmonia e uma simetria musical, difícil de explicar. A isso, nós evangélicos, chamamos de Unção aliada à capacidade técnica de cada componente.

E para concluir, em termos de vendagens de LPs, CDs e quantidade de shows, realmente é inegável, que esta geração do Rebanhão foi a mais bem sucedida.

TERCEIRA FORMAÇÃO

Sentindo um chamado missionário, o excelente e carismático Band-Leader Carlinhos Félix desligou-se do Rebanhão para seguir carreira-solo, e essa carreira é uma das mais bem sucedidas e sólidas carreiras solos do Brasil.

Com a saída do Tutuca, o Rebanhão passou a ter como integrantes ainda originais, apenas o Pedrinho Bracconot e o Paulinho Marotta, que convidaram alguns músicos amigos para integrar o Ministério Rebanhão, e assim dar prosseguimento a este ministério.

QUARTA FORMAÇÃO

Com a saída do Paulinho Marotta, o Rebanhão original ficou sintetizado na presença do Pedrinho Braconnot, que nesse instante assume de vez a liderança e a marca Rebanhão.

Pedrinho então reuniu um excelente time de músicos e deu uma nova vida ao Rebanhão, e gravou o excepcional disco "ENQUANTO É DIA", considerado um dos melhores trabalhos do Rebanhão. Existem especialistas musicais, que taxativamente consideram este o melhor trabalho musical de um amadurecido Pedrinho Braconnot.

Os integrantes desta formação eram: Pedrinho Braconnot (Teclados), Pablo Chies (Guitarra), Dico Parente (Vocal), Murilo (Baixo) e Rogério (Bateria).

Esta formação foi responsável por um antológico show no SOS DA VIDA em São Paulo, evento patrocinado pela Fundação Renascer e pela Gospel Records, onde a canção "Mistérios" foi a mais aplaudida da noite, tendo em Pablo um show à parte, pois os solos e as escalas mágicas deste espetacular guitarrista, deslumbrou as milhares de pessoas presentes.

ÚLTIMA FORMAÇÃO

Passado um período sem notícias do Rebanhão, Pedrinho Braconnot reúne outros amigos, bons músicos, mas que já não tinham a mesma expressão e carisma com o grande público, do que os anteriores componentes, mas mesmo assim parte para a gravação dos CDs "Por Cima dos Montes" e "Vamos Viver o Amor".

Apesar de contar com belas músicas e bons músicos, estes trabalhos não tiveram repercussão alguma no meio evangélico, passando despercebidos e nem mesmo entusiasmando os milhares de fãs.

Assim, em 2000, ano seguinte ao lançamento do CD "Vamos Viver o Amor", encerra-se a carreira do mais brilhante grupo gospel do Brasil, de todos os tempos.

INTEGRANTES

JANIRES MAGALHAES MANSO

Se tivéssemos que resumir a vida, a obra e a história de Janires, apenas diríamos: Simplicidade.

Com a sua prematura (para nós) morte, num acidente de ônibus em Janeiro de 1988, numa viagem do Rio para Belo Horizonte, para onde se dirigia para participar da programação SOM DO CÉU, ficou extremamente evidenciada essa simplicidade após o seu enterro.

Seus irmãos e amigos, incluindo Paulinho Marotta, foram reunir os "pertences" e os "bens" deixados por Janires, que naquela época era um dos mais bem sucedidos e conhecidos músicos evangélicos brasileiros, e esses amigos conseguiram a "proeza" de encontrar apenas pertences que mal encheram duas malas. É claro, sem falar de seu violão, o seu grande companheiro e amigo inseparável, ao lado da sua surrada e velha Bíblia.

Janires era assim, um homem tão simples, que no auge da carreira e do reconhecimento público, e no auge do mega sucesso que era o Rebanhão, Janires era capaz de todas as tardes, ir para o largo da Carioca (centro do RJ), acompanhado apenas de uma caixinha de som, onde plugava seu violão e começava, sem pretensão alguma, a cantar e a falar de Jesus, para todos os que ali paravam. E nem dinheiro ele pedia ou aceitava, mas era pelo puro prazer, de anunciar a volta de Cristo, que ele passava horas ali, ao vento, ao sol e a chuva.

Figura extremamente fácil de encontrar, Janires não dispensava participar da vigília da Igreja Congregacional de Bento Ribeiro, no RJ, onde fazia e fez maestrais apresentações.

Deixou marcas, exemplos, mensagens e saudades.

CARLINHOS FÉLIX

www.carlinhosfelix.com

Certamente o mais conhecido músico Brasileiro de sua geração.

Carlinhos era a cara e a voz do Rebanhão, pós-fase Janires. Não se podia falar de Rebanhão, sem pensar num nome: Carlinhos Félix. Era algo indivisível. O mais brilhante e mais competente músicos do Rebanhão. Carlinhos sempre foi sinônimo de intimidade com Deus, competência musical e referência para toda uma geração.

Eu o conheci quando eu trabalhava no Jornal UNIDADE, e o procurei na Petrobrás, no centro do RJ, onde Carlinhos trabalhava, para editar e reunir informações para uma matéria de nosso Jornal. Não só fui bem recebido por ele, como vi um homem preocupado em ajudar os amigos, pois aproveitou a oportunidade e pediu para fazermos uma matéria com uma banda que estava começando (Cem Por Um), cuja liderança pertencia ao hoje pastor da Comunidade da Zona Sul, Edson Feitoza.

Hoje pastor em Vitória, no Espírito Santo, Carlinhos ainda mantém seu ministério musical, e acaba de lançar um belíssimo CD chamado "NA TUA SOMBRA", gravado e distribuído pela Graça Music. Casado com Adriana a mais de 15 anos, hoje é pai de 3 filhos.

PAULINHO MAROTTA

Hoje Engenheiro em Minas Gerais, Paulinho é um grande baixista, talvez um dos melhores que já vimos tocar, por conta de sua competência, sensibilidade e harmonia com os demais integrantes da banda.

Participou da melhor formação do Rebanhão e foi um dos integrantes fundadores do grupo.

O que mais chamava a atenção e capacitava Paulinho Marotta, era a simplicidade com que ele "digitava" as notas musicais, tirando de seu Baixo, escalas simples, mas que causavam uma excelente sonoridade. Era algo lindo de se ver.

Foi o músico integrante do Rebanhão, que mais contato manteve com o Janires, mesmo depois de sua saída. Até a repentina morte de Janires, eram grandes e inseparáveis amigos.

PEDRINHO BRACONNOT

Por anos considerado o músico mais bonito do Brasil, Pedrinho se destacava não só por sua beleza, mas como pela sua competência musical (excepcional tecladista), maestro, arranjador e produtor.

Durante muitos anos foi dono do Estúdio Mega, em Copacabana, que mais tarde trocaria de nome para RB Estúdios. Tive a oportunidade de visitar sua casa e freqüentar o Estúdio, onde também ocorriam os ensaios do Rebanhão.

Casado com a Annya, Pedrinho hoje reside nos USA e trabalha lá como Missionário.

Foi um dos membros fundadores do Rebanhão e até hoje possuí os direitos de Imagem e de comercialização da Marca Rebanhão. É uma excelente pessoa.

FERNANDO AUGUSTO (Tutuca)

Bom músico, baterista competente, fez parte da segunda geração de músicos do Rebanhão.

Hoje é membro da Igreja Presbiteriana e pouca notícia se tem dele.


ZÉ ALBERTO e KANDELL (blusa Branca) Entre eles Janires.

Sem informações sobre esses dois músicos.


MUSICOS E SEUS INSTRUMENTOS

Janires (Voz e Violão)

Carlinhos Félix (Voz, Violão e Guitarra)

Pedrinho Braconnot (Teclados e voz)

Paulinho Marotta (Baixo e voz)

Fernando Augusto (Bateria)

Kandell (Bateria)

Rogério (Bateria)

Zé Aberto (Percurssão)

Pablo Chies (Guitarra)

Murilo (Baixo)

Dico (Violão e Voz)


MUSICOS DE APOIO OU CONVIDADOS EM GRAVAÇÕES

Os mais conhecidos foram: Lucas Ribeiro, ZéCanuto, Toney Fontes, Hélio Delmiro, Silas, Ermínio, Barney, Marcos Góes, Natan, Bonés e Edinho.


DISCOGRAFIA

Ano de Lançamento <-->Título <--> Gravadora

1981 - Mais Doce que o Mel / Doce Harmonia

1983 - Luz do Mundo / Arca Musical

1984 - Rebanhão, Janires e Amigos / Doce Harmonia

1986 - Semeador / Polygram

1988 - Novo Dia / Polygram

1988 - Grandes Momentos / Continental

1989 - Princípio / Gospel Records

1991 - Pé Na Estrada / Gospel Records

1994 - Enquanto é Dia / Gospel Records

1996 - Por Cima dos Montes / Warner Music

1998 - O Melhor do Rebanhão / Gospel Records

1999 - Vamos Viver o Amor / Dunamys

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